segunda-feira, julho 17, 2006

Cronologia de um milagre

Sei que tem muita gente que não acredita no poder de uma boa oração, mas acho que a história que eu vou contar pode reavivar muita fé perdida... Então, resolvi abrir meu coração.

Minha mãe tem um problema grave de coração, desde novinha. A primeira cirurgia pela qual ela passou foi há 44 anos (ela hoje tem 61). Aos 17 anos, ela passou por uma cirurgia para corrigir uma estenose da válvula mitral, em conseqüência da qual ela sofre de uma hipertensão pulmonar.

Foi um total de cinco cirurgias. Nas duas primeiras, foram apenas correções da estenose; as três últimas, colocações de próteses. Mas a hipertensão pulmonar continua lá.

Acontece que, no sábado, dia 08/07, minha mãe passou mal. Chegou na UTI da Policlin, aqui em SJC, com um edema agudo de pulmão. No dia seguinte (domingo, 09/07), ela foi transferida para Atibaia, a pedido do hospital de lá (de onde é o convênio dela).

Estive com ela na segunda-feira (10/07), e ela me parecia bem. Na terça-feira (11/07), à noite, recebi a notícia de que ela tinha piorado, e que precisaria de respirador (aquele tubo que desce pela boca até a traquéia) e de diálise peritonial.

Na quarta-feira de manhã, minha irmã me telefonou aqui no trabalho, contando que a gente tinha que ir para Atibaia, porque a mamãe tinha piorado. Chegando lá, uma amiga nossa, a Flavinha, contou que dois médicos tinham dito que mamãe estava desenganada, e que possivelmente não resistiria. Naquela tarde, fui visitar minha mãe na UTI, e não agüentei vê-la naquele estado. Após a visita, o médico de minha mãe, amigo da família, contou que os prognósticos eram os piores possíveis.

Ao chegar à casa da amiga de mamãe, que estava nos hospedando, decidi que tinha dois caminhos: ou eu me conformava com o fim e me desesperava, ou então eu rezava. Decidi seguir o segundo caminho.

E descobri que só conhecia duas orações: Pai Nosso e Ave Maria. E lá fui eu.

No dia seguinte (quinta-feira, 13/07), liguei para o médico. Só não estava esperando o pior porque, se tivesse acontecido, o próprio médico teria telefonado para nos avisar. Pois imaginem minha surpresa quando ele atendeu e disse que, por conta da diálise peritonial, minha mãe tinha eliminado nada menos que sete litros de líquido que estava retendo no organismo...

Nesse momento, corri para uma livraria católica que tem lá em Atibaia, para comprar um livrinho de orações, ou qualquer coisa semelhante. Saí de lá com um livrinho de Invocações a Nossa Senhora, um terço com uma medalha de Nossa Senhora das Graças, e um livrinho dedicado também a Nossa Senhora das Graças.

E comecei a rezar o terço naquele dia mesmo.

No dia seguinte (sexta-feira, 14/07), fiquei sabendo que tinham parado com a diálise peritonial, e que a diurese estava ocorrendo espontaneamente.

No domingo, dia 16/07, fui conversar com o intensivista, e ele fez sinal para que eu entrasse na UTI. Achei estranho, porque geralmente as conversas dos médicos com os familiares são do lado de fora (a gente só entra lá no horário de visita). A frase de "bom dia" dele para mim foi "Vá lá ver sua mãe, ela está acordando".

Mas ela ainda está com o respirador, pelo menos estava, até ontem. Mas a previsão é retirar ainda hoje, e passá-la para a máscara.

O interessante é que, desde quinta-feira passada, estou rezando esse terço, sempre pedindo a mesma coisa, que o problema da minha mãe regrida sozinho, sem que ela precise de mais remédios do que já toma, para que ela possa viver mais bastante tempo, com saúde e qualidade de vida, para ver a netinha (minha sobrinha) crescer.

E, desde quinta-feira, minha mãe só tem melhorado.

Pra mim, é um milagre que está acontecendo. Pode ter quem não acredite, mas eu acredito...

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