A arte que fiz começou na sexta-feira, dia 08/12, quando embarquei para Buenos Aires, depois de sair mais cedo do trabalho. Eu, e o meu medo de avião.
Cheguei a Buenos Aires após as 21h00... não resisti à tentação de ir jantar em
Puerto Madero, no
Puerto Cristal. Me embriaguei com uma taça de champanhe (ah, aquelas "bulinhas"...), fiquei tontinha e saí sem mesmo pedir sobremesa, porque precisava muito dormir.
No dia seguinte, comecei a ingestão de bombas calóricas. O café da manhã do
hotel tinha muitos pães (doces!!!), uma overdose de cereais (com uvas passas e leite quente, hm....), enfim, tudo bem engordativo. Fiz a comilança, e em seguida fui comprar os presentinhos de Natal... foi nessa hora que passei no "locutorio" e mandei o post anterior. Fiquei nesse bate-volta, lojas de lembranças, bombonières e hotel. Depois, fui à Scalabrini Ortiz, tem um quarteirão cheio de lojas de lãs e artigos para arte com fios. Comprei três novelos de
mohair (de verdade, de verdade!!!!), fui ao
Buenos Aires Design, onde almocei em um restaurantezinho muito gostoso. De lá, voltei para o hotel, larguei as coisas e fui ao
MALBA (Museu de Arte Latinoamericana de Buenos Aires), vi o Abaporu de pertinho, bem como dois Di Cavalcanti, um quadro imenso do Portinari, sem contar um Botero que me emocionou muito. Isso fora um auto-retrato famoso da Frida Kahlo, fiquei pasma de ver como ela era crítica em relação a si mesma... eu não teria coragem de me retratar daquele jeito, mesmo que eu fosse daquele jeito...
À noite, fui a um show de tango, em uma casa de tango chamada
El Viejo Almacén. Antes de chegar lá, peguei um taxista super-maluco, que dirigia feito um doido, e que arregalou os olhos quando eu falei onde ia, sozinha... decididamente, os argentinos não parecem lidar bem com o fato de uma moça sair sozinha para se divertir.
Mas, voltando ao "Viejo Almacén": o lugar é lindo, o jantar foi maravilhoso, e lá eu fui atendida por um senhor muito simpático (que se encantou por ver que eu comia pastel pegando o pastel com a mão, e não com garfo e faca!). O show de tango foi lindo, teve até um "mini-show" de música andina, com um grupo simplesmente genial. Quando eles se propuseram a tocar mais uma música, eu quase gritei "Atahualpa Yupanqui"!!!! Mas fiquei quietinha. Não quis pagar o mico.
Cheguei no hotel louca pra dormir... e como dormi bem. Ainda bem, porque o dia seguinte (ou seja, ontem), foi dia de sair pra bater perna. Fui do hotel (na 9 de julho) até a Recoleta, onde fui à igreja de Nossa Senhora do Pilar e ao
Museu Nacional de Belas Artes. De lá, fui (a pé) até Puerto Madero, descendo pela av. Cordoba. Almocei lá em Puerto Madero, em um restaurante chamado "
Il Gatto", e voltei pelo Paseo Colón, que vai parar na Casa Rosada. Subi pela Praça de Maio, dei uma passada rápida na Catedral (o mausoléu de San Martín estava fechado, mas tirei foto assim mesmo) e, quando olhei para a Diagonal Norte, ao sair da Catedral, dei de cara com o obelisco. Foi quase como ver um oásis no deserto, porque eu tinha saído do hotel às 09h00 e já eram 14h00. Mas não caí na tentação de pegar a Diagonal Norte, não. Peguei a rua Florida, fui até a
Galerías Pacífico.
Daí, fui para o hotel, dormi um tiquinho, acordei, fui para a piscina (aquecida, maravilhosa, fica em um solarium envidraçado no último andar de uma das torres do hotel) e dei umas braçadinhas.
Acabei jantando no hotel mesmo, para poder dormir cedo, porque hoje, às 02h15 da manhã, eu estava sendo acordada pelo serviço de despertador do hotel, porque o motorista do trajeto hotel-aeroporto me pegaria às 02h40...
Pois bem, agora estou aqui, "seca" por uma boa noite de sono, na minha saudosa caminha...