segunda-feira, agosto 28, 2006

Adiós Nonino

Estou aqui ouvindo uma das músicas mais lindas que já ouvi até hoje, chama-se Adiós Nonino, e é uma composição de Astor Piazzolla.

Ele escreveu essa coisa linda quando, depois de uma temporada nos Estados Unidos, retornou à Argentina para descobrir que seu pai (apelidado "Nonino") havia morrido dias antes.

Faço uma idéia de como ele devia amar o pai dele.

Essa música me lembra demais minha mãe, que faleceu no começo da semana passada. Me entristece um pouco, mas minha mãe gostava demais de Piazzolla.

Estou triste, com muita saudade da minha mãezinha. Ainda não consigo acreditar no que aconteceu, especialmente porque ela sempre foi uma lutadora. Com todos os problemas de saúde que tinha (problemas crônicos e bastante graves), ela sempre superava tudo com uma força que muita gente saudável é incapaz de ter.

Como já me disseram, ela criou uma lenda. E nós acreditamos nessa lenda. Para nós, mamãe parecia imortal. Tanto era assim que, até o último minuto, eu acreditei na recuperação dela.

Mas ela era uma alma muito forte em um corpo muito cansado. A alma queria resistir, ficar, mas o corpo não agüentou.

Ah, que vontade de chorar...

terça-feira, agosto 22, 2006

Tristeza...

Infelizmente, minha mãe não resistiu e nós a perdemos ontem, durante a madrugada...

Agora, vou recolher meus caquinhos, continuar meu trabalho e ajudar minha irmã, não apenas na vida em geral, como também na educação da minha sobrinha.

quarta-feira, agosto 09, 2006

Sindicato pra quê, cara-pálida?

Acho que todo mundo sabe que eu estou com minha mãe doente, internada em outra cidade. Todo mundo sabe, também, que tenho ido ver minha mãe quase todas as noites, depois do trabalho.

Pois bem, de ontem para hoje, fiquei aqui em São José. Perfeito. Só que hoje, eu perdi a hora do ônibus do trabalho.

O que fiz? Chamei um táxi. Perfeito. Se não fosse o fato de que o táxi ficou preso perto da portaria do INPE (ou seja, bem longe da portaria da Embraer) por conta de uma caterva do Sindicato dos Metalúrgicos, que estava parando o trânsito para distribuir um jornal que, sinceramente, ninguém lê.

Pior: fazendo isso na entrada do turno administrativo, onde eles nêm devem ter tantos associados assim.

Pois bem, o táxi ficou lá, parado, o taxímetro correndo, e o que eu fiz? Paguei, desci do táxi e vim a pé.

Perguntem o estado dos meus pés? Eu vou deixar de ir a uma reunião do grupo em que trabalho porque não estou agüentando ficar em pé.

Ainda tem essa, eu tenho que adivinhar quando vai ter "manifestação" da caterva, para decidir vir de tênis, e não de sapato de salto.

Sindicato pra quê mesmo, cara-pálida????

domingo, agosto 06, 2006

quarta-feira, agosto 02, 2006

Médicos

Acho estranho, quando chego para ver minha mãe na UTI, e encontro um médico que não conheço.

Os médicos mais antigos lá do hospital já me conhecem, afinal, são 27 anos convivendo com os problemas de saúde da minha mãe. Então, eles já sabem que eu fico mais tranqüila quando eles me mostram os resultados dos exames, e contam a evolução dela de um dia para o outro.

Só que desta vez, quem estava na UTI era um médico que não conhecia a gente.

Deus é quem sabe o quanto eu fico angustiada nessas horas...