domingo, maio 15, 2011

Sá e Guarabyra

Hoje eu quase enlouqueci (no bom sentido) quando encontrei, no Youtube, uma música que marcou minha infância. O nome da música é "João Sem Terra", de Sá e Guarabyra. A música fazia parte do disco "Pirão de Peixe com Pimenta" (1977), que ouvi demais quando era criança.

Quando digo "criança", falo em meus cinco a seis anos de idade. Nessa época, eu ouvia Sá e Guarabyra, Clube da Esquina, Athaualpa Yupanqui...

Essa música, "João Sem Terra", me marcou demais porque eu sempre associei a letra à história do meu pai. Imigrante da antiga Iugoslávia, ele tinha a intenção inicial de emigrar para os Estados Unidos. Porém, ele saiu de seu país na época da Guerra do Vietnã. E, ciente do fato de que muitas vezes os estrangeiros conseguiam cidadania quase instantaneamente apenas para ser mandados à guerra como "bucha de canhão", ele resolveu vir para o Brasil, onde um amigo de meu avô já vivia.

Meu pai veio para o Brasil em busca de uma vida melhor. Mas nunca esqueceu seu país de origem. Ninguém esquece, quem diz que esquece está mentindo. Sempre fica um sentimento de nostalgia.

E a letra de "João Sem Terra" fala justamente sobre isso.

A letra diz:

Desde pequeno me chamam, desde pequeno me chamam,
Desde pequeno me chamam João Sem Terra
Filho de um sol estrangeiro, que acabou me renegando
Fico onde chego primeiro, João Sem Terra

Ver o horizonte tão longe e saber que tão perto dali ficou
Tudo o que vinha crescendo de bom aqui dentro da gente
Ter que se andar para a frente, sem olhar atrás o que se deixou
Não se deseja ao pior inimigo tão sujo presente

Desde pequeno me chamam, desde pequeno me chamam,
Desde pequeno me chamam João Sem Terra
Filho de um sol estrangeiro, que acabou me renegando
Fico onde chego primeiro, João Sem Terra

Sonhar com noites de inverno, onde o frio põe na mesa o vinho e o pão
Um foi tirado à videira, o outro, amassado por tua mão
Ter que lembrar todo dia do medo que te fez deixar teu chão
Nem ao pior inimigo se quer tão amarga recordação

O que mais me surpreende é que, com cinco anos, eu tinha plena consciência da história do meu pai. Sabia, já, o que era um imigrante. O que era "ter que lembrar todo dia do medo que te fez deixar teu chão". E ninguém me contou nada. Eu apenas... sabia.

Ouvir essa música e lembrar do meu pai me emociona demais. Deixo aqui, neste post, toda a falta que ele está me fazendo... 

sexta-feira, maio 13, 2011

Música Sérvia

Para quem não percebeu ainda pelo meu sobrenome, sim, eu sou "meio-sérvia". E ultimamente ando em um estado de espírito meio Živela Srbija ("orgulho da Sérvia"). Daí a minha necessidade premente de escrever sobre esta banda que é um clássico da terrinha, ou melhor, da extinta Iugoslávia, mais precisamente da Bósnia: Bijelo Dugme (ou "botão branco", porque a banda tornou-se inicialmente conhecida por conta de uma música chamada Kad bi'bio bijelo dugme, "se eu fosse um botão branco").

Essa banda, um "monstro sagrado" do rock iugoslavo, teve como fundador o guitarrista Goran Bregović. Inicialmente guitarrista da banda Beštije, seu talento foi notado pelo líder da banda Kodeksi, o vocalista Željko Bebek. Com a dissolução da banda de Bebek, o guitarrista Ismail Arnautalić convidou Bregović a formar a banda Jutro ("manhã"), em 1971. Foi nesta época que Bregović escreveu suas primeiras canções. Quando, em 1972, a banda teve a chance de fazer suas primeiras gravações em estúdio, Bregović convidou Bebek para gravar com a banda.

Em 1974, como havia uma banda eslovena (de Ljubljana) também chamada Jutro, o grupo decidiu trocar o nome para Bijelo Dugme. Após diferentes formações, a banda chegou ao vocalista que, pessoalmente, considero uma voz poderosíssima: Alen Islamović, antigamente vocalista da banda de heavy metal Divlje jagode ("morangos selvagens"). Reza a lenda que Islamović foi escolhido não apenas por já ser um vocalista consagrado, mas também pelo seu estilo de vida notoriamente saudável: Bregović estava farto de bêbados e viciados em sua banda.

O grande hit do grupo nos anos Islamović foi Djurdjevdan, uma versão com letra em sérvio da canção cigana Ederlezi. Esta canção aparece no filme Time of the Gipsies, de Emir Kusturica. E, por incrível que possa parecer, a música também aparece no filme Borat, de Sacha Baron Cohen.


Após os anos Islamović, a banda se dissolveu, e Goran Bregović seguiu sua carreira como compositor de trilhas para cinema (notadamente em contribuição com o cineasta Emir Kusturica). E, apesar de Goran Bregović dizer freqüentemente que não reuniria o grupo novamente, em 2005 ele o fez, com  Željko Bebek, Mladen Vojičić Tifa e Alen Islamović nos vocais.

Após este encontro, não houve outra reunião da banda. Que, até hoje, é considerada a maior banda de rock da extinta Iugoslávia.

domingo, maio 08, 2011

Loucura!

Eu queria muitíssimo escrever alguma coisa hoje. Mas queria fugir do tema do Dia das Mães, porque minha mãe morreu há quase cinco anos e esse fato, associado à data, é algo que me deprime.
Então, meu tema de hoje é a loucura. Na verdade, a personificação ideal dela, a personagem do vídeo abaixo:


Esse vídeo é uma adaptação, em versão concerto, de uma cena hilariante, de uma ópera igualmente hilariante chamada Platée.

Essa cena é uma das minhas favoritas na ópera inteira. Trata-se da chegada de uma personagem, a Loucura (La Folie). Na introdução, Momo (o deus da sátira) faz carinha de confuso e diz que uma nova harmonia foi anunciada por Terpsícore ou Thalia, ao que a personagem da Loucura responde que não, ele se engana.

Momo pergunta algo como "Pelos deuses, o que vejo?", e a moçoila grita, triunfante: "Sou eu, a Loucura, que acabo de roubar a Lira de Apolo".

Na seqüência, uma breve homenagem do coro à Loucura, que resolve cantar em homenagem a Platée, a personagem principal da ópera (que vai se "casar" com Júpiter). E é aí que a coisa desanda: a Loucura canta um texto tristíssimo, a história de Daphne e Apolo, com uma música estranhamente alegre e cheia de ornamentos, e em seguida um texto mais levinho e alegrinho (falando em prazeres vãos), com uma música horrorosamente triste!

Enfim, piração total.

No final da ópera, vemos a primeira cena de bullying em música. Mas isso fica para outro post!

quinta-feira, maio 05, 2011

Superando traumas acadêmicos!

Quem leu o meu post sobre os 100 fatos sabe que eu sempre tive um certo trauma de Matemática (fato 36). Não que eu detestasse a matéria, mas estava longe de ser a minha favorita, e eu tive um professor, na oitava série, que não ajudava muito.

Mas, por conta de circunstâncias da vida, fui levada a estudar engenharia. Um curso que é Matemática do começo ao fim. E eis que, no primeiro ano do curso, o Milagre aconteceu: tive um professor de Cálculo que fez com que eu descobrisse que Matemática não era o bicho de sete cabeças que parecia. Um trauma que vinha de longe, e que parecia irrecuperável.

Eis que agora, no mestrado, enterro outro trauma acadêmico. Programação. Tentaram me enfiar programação na cabeça a marretadas no primeiro ano da graduação, mas não conseguiram. Quando precisei, no trabalho, deixei a programação mais pesada para outras pessoas que soubessem mais do assunto.

No mestrado, porém, não teve jeito. Ou eu aprendia, ou não conseguiria fazer as matérias. E não é que estou me saindo bem, para alguém que nunca programou na vida? E logo Matlab, que me parecia tão complicado.

Não apenas estou aprendendo, como estão achando divertido programar.

E você? Tem algum trauma de matéria do colégio, ou da faculdade, para contar?

quarta-feira, maio 04, 2011

Mau atendimento, a gente vê por aqui!

Hoje foi o dia de cão! Primeiro, eu cheguei atrasada à universidade (dêem um desconto, minhas aulas geralmente são às nove, ou seja, eu acordo às sete, hoje eu tive que chegar lá nesse horário!). Depois, fui para a aula das 09h00, tudo tranqüilo, exceto pelo frio. Depois da aula, começou a epopéia da fechadura engripada.

A sala onde estudo/trabalho só tem uma fechadura. Tetra. E a minha chave vive emperrando dentro da fechadura. Por conta disso, meu orientador me emprestou a chave dele para que eu fizesse uma cópia durante o horário de almoço.

Eis que fiz a burrada de mandar fazer a tal cópia em um chaveiro que é um velhinho daqueles bem interioranos. Bom, geralmente esses velhinhos sabem atender... ah, vá! Já vou adiantando o final da história: mau atendimento, a gente vê por aqui, no chaveiro do velhinho na praça do Colégio Coronel Carneiro Júnior...

Cheguei à faculdade, primeiro uso da chave, sem problemas. No fim da tarde, estava sozinha e, quando fui trancar a sala, adivinhem? Sim. A chave quebrou dentro da fechadura. Desmontamos a fechadura, eu e o rapaz da secretaria, e fui lá tentar me entender com o velhinho.

Teria sido mais fácil, se ele não tivesse aberto a boca para falar besteira (acho que ele abusou do direito de ser velhinho!). Virou para mim e disse que eu não sabia manusear a chave. Aí eu comecei a esbravejar: perguntei se ele estava achando que eu era alguma idiota, para não saber usar uma chave. Ele começou a tentar retrucar e eu só repetia que queria meu dinheiro de volta.

No fim, consegui o dinheiro de volta. E já saí fazendo propaganda negativa, porque... onde já se viu? O material que ele usa é ruim, e o erro é do cliente?

Acho que esta foi a primeira vez que tive algum problema desse gênero aqui na cidade. Geralmente, nos lugares onde vou, sou muito bem atendida, que fique bem claro. Mas não recomendo o chaveiro do velhinho, na praça do colégio...

Lei de Murphy

A virada entre ontem e hoje foi tudo de estranho: primeiro, meu falecido resolve ressuscitar pedindo que eu corrija um texto dele (e fica sentido quando dito que eu escrevia melhor que aquilo quando estava no terceiro ano do primário, o que é a mais absoluta verdade!). Texto cheio de coisas do tipo "não tem nada haver", "mais" no lugar de "mas" (por exemplo, "não sou o dono da verdade, mais neste post busco encontrar uma resposta...", sim, com direito a um "busco encontrar" ao invés de simplesmente "busco uma resposta!), y otras cositas más...

Como eu tenho um coração generoso, tentei conversar com ele. O problema é que, como diria Roberto Jefferson, aquele rapaz chega quase a apelar aos meus instintos mais primitivos. O que significa que, já que eu não sei lutar boxe, eu apelo para as palavras mais duras que conheço. O sujeito pode terminar comigo jogando na minha cara que eu sou "paranóica" (sendo que ELE provocava meu ciúme o tempo TODO, sempre me largando para puxar papo com outras mulheres como se eu não estivesse ali ao lado dele!), mas reclama quando eu falo mal do português dele.

Ou seja, ele pode mentir, e eu não tenho direito de responder com um fato!

Por razões óbvias, a conversa fez com que eu perdesse o sono.

Mas essa não foi a pior parte da minha transição ontem-hoje! O que mais me doeu foi conseguir dormir às 04h00, para ter que acordar às 06h00, porque eu tinha que estar na universidade às 07h00 para entregar um calhamaço de provas corrigidas para um professor, que queria distribuir as provas aos alunos na aula de hoje.

Acabei levantando às 06h48 e chegando à universidade às 07h15. Imaginem a minha cara de vergonha quando bati na porta da sala de aula, para entregar as provas.

Mas ainda não acabou! Cheguei aqui, um frio de rachar mamona! E eu sem casaco. Enquanto eu ainda estava aquecida por conta do trajeto feito de bicicleta, tudo bem. Muitas brincadeiras sobre o "conhaque" que eu tinha tomado (falei que tinha deixado o conhaque no bicicletário, mas que não ofereceria para ninguém, sorry!), e muito frio depois...

No meio da aula de Otimização, eu comecei a sentir o frio de verdade. Óbvio, não resisti á tentação e fui buscar um casaco no quarto onde eu moro aqui em Itajubá.

E não é que esquentou justo quando eu saí agasalhada?

Alguém me explica o que é isso, por favor? Lei de Murphy, ou alguma outra coisa?

Agradeço por respostas!

domingo, maio 01, 2011

Canção de guerra

Nem todo mundo sabe, mas sou absurdamente fã de música clássica. Tive minha iniciação musical, por assim dizer, aos 9 anos de idade, ao ouvir na TV uma récita da Nona Sinfonia de Beethoven, com a Filarmônica de Berlim, em uma matéria sobre o recém-falecido Herbert von Karajan.

E, por ser completamente maluca por música clássica, resolvi dedicar um dos meus "posts musicais" a uma obra do período romântico que é uma das minhas grandes favoritas: a Abertura 1812, de Tchaikovsky. Ou mais exatamente "Abertura Festiva em Mi Bemol, O Ano de 1812".

Se você, leitor, acha que Tchaikovsky é apenas "um compositor de música para ballet", está redondamente enganado. Ele criou esss filme de guerra em forma de música, em 1880, para celebrar a defesa russa de Moscou contra o avanço da Grande Armée, o Grande Exército de Napoleão, na Batalha de Borodino. Só de ouvir a música (enquanto escrevo) e pensar na história eu já fico arrepiada.

Aliás, eu deixo claro neste ponto que entendo pouquíssimo de música e não pretendo fazer uma análise técnica musical.

A obra é composta para orquestra sinfônica completa, orquestra de metais e coro. E canhões. E sinos de igreja. Sim, você leu direito. Canhões (substituídos, em locais fechados, por martelos batendo em chapas metálicas ou por instrumentos mais pesados de percussão) e sinos de igreja (às vezes substituídos por sinos menores, de bronze). A partitura fala em 16 tiros de canhão no final da obra.

A primeira parte da música é o hino Deus, Preservai o Vosso Povo, cantado pelo coro masculino. Essa parte da música representa, na minha modesta opinião, o Patriarca Ortodoxo de Todas as Rússias chamando o povo à oração pela paz, visto que o exército francês nunca tinha sido derrotado. O povo vai em massa às igrejas, por todo o país, rezar pela intervenção divina, visto que o exército russo era pessimamente equipado e muito inferior numericamente.

O primeiro ponto de inflexão da música é o primeiro bater da percussão, a partir do qual as cordas e o oboé introduzem as cenas da batalha que começará em pouco tempo. A orquestra vai se avolumando, assim como a percussão, até que em outro ponto de inflexão o volume diminui e um novo motivo musical começa, ilustrando o avanço do exército francês. Este motivo é seguido por uma grande movimentação das cordas. Na minha opinião de leiga, é como se as defesas russas estivessem se preparando.

Em mais um ponto de inflexão, os sopros pintam o quadro do exército francês com A Marselhesa, em contraponto às cordas "russas". Neste ponto, tem-se a nítida impressão de que esta será mais uma batalha vencida por Napoleão Bonaparte. A partir deste ponto, a percussão pinta o quadro das escaramuças e do choque entre os exércitos, em um dos momentos mais emocionantes da obra.

O Czar apela à população, cuja resposta, na música, é mostrada em trechos de canções folclóricas russas, em tons quase pastorais, contrastando com um novo choque musical entre a Marselhesa, apresentada pelos sopros, e as cordas "russas". O choque é claramente mostrado pela percussão.

Neste momento, em que parece que tudo está perdido, as cordas mostram o vento frio do inverno que se aproxima, alternado com melodias folclóricas e com a Marselhesa: o "General Inverno", a Providência Divina, entrou em combate.

Moscou está salva. O hino do início (Deus, Preservai o Vosso Povo) é repetido em uma versão triunfante, após o inverno expulsar os franceses. O hino é acompanhado pelo repicar dos sinos e por uma percussão fortíssima. A música termina de forma apoteótica, com a melodia folclórica russa que permeou a obra alternada com canhões e os sinos das igrejas de Moscou.

Na falta de uma versão completa da música em vídeo no Youtube, deixo aos leitores uma versão bem-humorada, com o grupo Swingle Singers:



sexta-feira, abril 29, 2011

Aquecimento para o fim de semana!

Música de fim de semana é música de bebedeira. Mesmo que a gente não tenha o hábito de amarrar pileques.

Eu tenho uma grande favorita musical para fins de semana, é uma canção francesa de taberna do século XV. Tem uma interpretação que eu amo, de um quarteto de Campina Grande-PB, chamado Quadri Fariam. Eles captaram bem o espírito "um bom vinho nos alegra, cantemos, esqueçamos os tormentos, cantemos!". E capricharam na pronúncia do francês da época, que parece muito o que o francês atual chama de "patois" (o nosso "caipirês").


A música começa com o baixo cantando:

Buvons bien, buvons, mes amis, trinquons, buvons, vidons nos verres
(Bebamos, bebamos, amigos, brindemos, bebamos, esvaziemos nossas taças)
Buvons bien, buvons, mes amis, trinquons, buvons, gaiement chantons
(Bebamos, bebamos, amigos, brindemos, bebamos e cantemos com alegria)

Em seguida, entra o tenor (neste caso especificamente, eu não gosto da pronúncia no vídeo):

Buvons bien, amis, trinquons, à ce flacon faison la guerre
(Bebamos, amigos, brindemos, por essa garrafa façamos guerra)
Buvons bien, amis, trinquons, amis, buvons, gaiement chantons
(Bebamos, amigos, brindemos, amigos, bebamos, e cantemos com alegria)

A seguir, entra o contratenor (ou uma contralto), cantando as melhores frases da música:

Le bon vin nous a rendu gais, chantons, oublions nos peines, chantons
(O bom vinho nos alegra, cantemos, esqueçamos os tormentos, cantemos)
Le bon vin nous a rendu gais, chantons, oublions nos peines, chantons

E a música é fechada com chave de ouro pela soprano:

Quand je bois du vin clairet, amis, tout tourne, tourne, tourne, tourne
(Quando bebo um vinho suave, amigos, tudo roda, roda, roda, roda)
Aussi désormais je bois Anjou ou Arbois
(Mas mesmo assim eu bebo Anjou ou Arbois)
Chantons et buvons, à ce flacon faison la guerre
(Cantemos e bebamos, por essa garrafa façamos guerra)
Chantons et buvons, mes amis, buvons, donc
(Cantemos e bebamos, amigos, bebamos, portanto).

O texto da música pode variar, dependendo da versão e do grupo que canta. Mas é sempre uma canção de taberna, falando dos prazeres da mesa (e de se estar com os amigos em torno de uma mesa).

Quer mais fim-de-semana que isto?

quinta-feira, abril 28, 2011

Chove, chuva...

Continuando a série de posts musicais... aqui em Itajubá, a música do dia é esta:


O tempo estava bom, tinha caído uma garoa fina ontem, e hoje cedo fez até um pouco de sol (aquela coisa linda que é o começo de inverno itajubense, com sol e tempo frio). E hoje, no começo da noite, começou a chover enlouquecidamente.

E justamente na hora da chuva, resolvi ir ao banco para tirar um extrato (ah, andar na chuva de vez em quando é bom!). Valeu a pena pela gentileza que um rapaz fez, de abrir a porta do banco para mim na saída.

Não resisti e tive que retribuir a gentileza: levei o rapaz até o carro dele com o meu guarda-chuva.

Porque gentileza se paga com gentileza.

quarta-feira, abril 27, 2011

Simpatia no trânsito

Não, o título deste post não é uma ironia.

Hoje eu estava cheia de coisas para fazer, devendo listas de exercícios no mestrado, enfim, meu dia estava um caos. E eu não estava em um humor muito gentil.

É o tipo de humor que pode desencadear, por exemplo, brigas de trânsito. Ou, tão ruim quanto, um acidente. E quase aconteceu um comigo, graças ao meu excesso de preocupação com meus problemas e à minha falta de atenção ao que me rodeava,

Estava de bicicleta (grande novidade...), passando por um cruzamento, e ignorei solenemente uma placa hexagonal vermelha com um PARE bem grande escrito em branco. O que me salvou foi que eu olhei para a direita, e que a motorista do carro que vinha em minha direção estava MUITO atenta. Foi por isso que a coisa terminou sem grandes consequências,

Eu disse "terminou"? E vocês acreditaram? Não, não terminou. Quando voltei à universidade, eis que uma professora se aproxima e diz "moça, eu hoje quase atropelei você". E eu, com cara de ponto de interrogação, perguntei "quando?". Ela me falou o lugar onde aconteceu: era justamente o tal cruzamento, era ela a motorista!

Pedi desculpas a ela e agradeci pela gentileza e atenção de ter parado, porque eu é que estava errada. E disse também que ficava feliz por ela ter me falado, porque é raro que quem errou no trânsito tenha a chance (ou mesmo a vontade) de pedir desculpas por um erro assim.

É de estranhar que meu humor tenha mudado depois dessa conversa?

domingo, março 27, 2011

#100factsaboutme

A brincadeira da moda no Twitter é as pessoas falarem 30 ou 100 fatos sobre si mesmas. As hashtags #30factsaboutme (30 fatos sobre mim) e #100factsaboutme (100 fatos sobre mim) tornaram-se extremamente populares no microblog.

Eu mesma já publiquei meus #30factsaboutme. Só que, como já sou uma moça grandinha, cheguei à conclusão de que 30 é pouco. E decidi publicar aqui, no blog, os meus #100factsaboutme. Uma coisa meio "100 fatos sobre Chuck Norris", quase...

1. Eu já quis ser pianista, cantora lírica, estilista de moda, toureira. Mas virei engenheira mecânica.
2. Virei engenheira, mas ainda alimento a vontade de ser médica. Depois que me aposentar da engenharia
3. Quando me aposentar, quero estudar medicina e ficar um ano trabalhando com os Médicos Sem Fronteiras.
4. Canto em coral há 10 anos. Naipe: soprano.
5. Aprendi a ler aos 3 anos e meio. Mesma idade em que comecei a falar.
6. Sempre fui viciada em livros, maçãs e música, desde criancinha.
7. Descobri a música clássica aos 9 anos de idade. Nunca mais abandonei esse vício.
8. Sou carioca, mas só no RG. Se me perguntam de onde sou, sempre digo que sou mineira. Uai.
9. Sou filha de sérvio, mas não falo o idioma do meu pai. Agora, as músicas daquela terra, canto todas.
10. Falo dois idiomas estrangeiros, inglês e francês, fluentemente (acho!). Mas meu espanhol é macarrônico.
11. Em engenharia, a gente tem que aprender programação. Eu nunca consegui aprender.
12. Trabalhei com aviões, mas tenho medo de voar.
13. Nunca tive superstições com sexta-feira 13.
14. Nunca repeti um ano no colégio. Nem na faculdade. Aliás, sempre fui um ano adiantada.
15. Não tive festa de 15 anos. Meu pai morreu quando eu tinha 13, e minha mãe não tinha $ pra me dar uma festa.
16. Mas também, eu não estava nem aí. Aos 16 anos já estava me preparando para o vestibular...
17. Aos 17 anos, comecei o curso de engenharia. Foi quando conheci meu primeiro namorado (sério!).
18. Não tirei carteira de motorista aos 18 anos. Aliás, nunca tirei. Reprovei 4 vezes no exame de rua e desisti depois disso.
19. Passei pelos 5 anos de faculdade sem tomar nenhum porre.
20. Minha frustração era meus colegas de faculdade nunca me chamarem pra jogar truco.
21. Tive minha primeira festa-surpresa de aniversário aos 21 anos.
22. O evento da minha vida: minha formatura, aos 22 anos recém-completados. Tomei um pilequinho no baile.
23. Eu já cheguei atrasada ao trabalho porque não dei conta de acordar depois de uma balada.
24. Eu já vivi efeito-sanfona, mas nunca tomei remédio pra emagrecer.
25. Fiz balé clássico dos 22 aos 25 anos. Sim, eu tinha alongamento para isso. Ainda tenho.
26. Aos 26 anos, fiz a viagem do século com minha mãe e minha irmã: fomos só nós três, farrear em Buenos Aires.
27. Aos 27 anos, perdi minha mãe. Seis meses depois, decidi emagrecer.
28. Aos 28, surtei, me endividei e fui passar 20 dias em Paris. Com mala de rodinha, e andando de metrô.
29. Aos 29 anos, fiz outra viagem maluca, desta vez de mochila. Arrumei um namorado gringo.
30. Eu tive crise dos 30. Quem diz que não teve está mentindo. Ou vai ter crise dos 40.
31. Aos 31 anos, passei pelo segundo evento da minha vida: fui demitida.
32. Comecei a fazer mestrado depois de 10 anos de formada.
33. Já vivi férias românticas em Paris.
34. Já enchi a cara de vinho na França, com um amigo.
35. Sou descendente de irlandeses, espanhóis e sérvios, povos tidos como bons bebedores. Mas sou fraca pra bebida.
36. Sempre odiei matemática, mas fui estudar engenharia. Hoje eu acho matemática muito mágica!
37. Tenho medo de altura.
38. Apesar de independente, e de me virar bem sozinha, não gosto de viver sozinha.
39. Sei trocar lâmpadas e resistência de chuveiro. E sou mestra em arrumar namorados que não sabem fazer essas coisas.
40. Aprendi a cozinhar depois de velha. Quando minha mãe ficou doente pra valer, era eu que cozinhava para ela. Sem sal e sem açúcar. Virei especialista em temperos e molhos.
41. Meu sonho de consumo é bater o recorde do meu pai e aprender 6 idiomas estrangeiros. Meu pai falava cinco.
42. Sempre que posso, vou a São Paulo. Mas se puder evitar o Rio de Janeiro, evito. Não sei o motivo. Mas não gosto de lá.
43. Já namorei um cara 10 anos mais velho que eu. E também um 10 anos mais novo.
44. Tenho alergia a pelo de gatos. Mas sobrevivo bem à convivência com a gata da dona do apartamento onde moro.
45. Sei montar a cavalo. Aprendi sozinha.
46. Até os 7 anos de idade, eu tinha medo de cachorro. Minha mãe me deu uma beagle de presente. Tratamento de choque.
47. Tenho uma certa implicância com números ímpares.
48. No momento, estou tremendamente fanática pela trilogia Millenium, de Stieg Larsson. Tenho uma certa identificação com a Lisbeth Salander.
49. Sou MacManíaca.
50. Odeio gente que se diz "geek" mas não consegue nem configurar o teclado do computador.
51. Tradução do ítem 50: odeio modismos.
52. Sou ruiva frustrada. Não vivo sem Wellaton. Tinta da L'Oréal não pega no meu cabelo.
53. Tenho o cabelo rebelde e ondulado. Mas não, eu não faço chapinha.
54. Meu meio de transporte é uma bicicleta. Ela tem nome: Rosinha.
55. Sou cheinha. Pra gostar de mim, um homem tem que ter como modelo de beleza, sei lá... a Vênus de Botticelli!
56. Não consigo entender como um homem consegue achar uma modelo "gostosa".
57. Não gosto de homens excessivamente musculosos. Se eu sou normal, procuro um homem que também seja.
58. Tenho uma pequena coleção de... perucas. Uso em festas a fantasia ou, eventualmente, apresentações de dança
59. Também tenho uma coleção de trajes de dança do ventre, embora tenha dançado por pouquíssimo tempo. Mas quero voltar a dançar.
60. Outra atividade que parei e quero retomar é a natação.
61. Eu pedalava (mountain bike), mas parei depois que sofri um acidente que me deixou um tempinho inconsciente, sem conseqüências graves.
62. Apesar de ter escapado sem seqüelas do acidente, fiquei traumatizada.
63. Tinjo o cabelo de vermelho, mas queria mesmo acobreado. Tipo Julia Petit.
64. Quero conhecer a Escandinávia, só para ver a aurora boreal.
65. Minha grande companheira de viagem é minha máquina fotográfica.
67. Já escrevi um diário de viagem
68. Nesse diário de viagem, entre outras coisas, guardo pétalas de flores que ganhei de um fã (com quem tenho contato até hoje)
69. Tenho contatos (que conheço pessoalmente, ok?) em quatro continentes.
70. Tenho direito a passaporte sérvio, mas nunca quis tirar um.
71. Quero conhecer o país do meu pai, mas não vou lá por pura muquiranice porque o visto é muito caro.
72. Um sonho de criança que tenho é conhecer a Patagônia e a Terra do Fogo.
73. Um colega de faculdade já cogitou me chamar para fazer o Rally dos Sertões com ele (como navegadora). Recusei.
74. Outro colega queria que eu fizesse o Caminho de Santiago de Compostela com ele. Chegamos a fazer o roteiro, mas eu me formei e mudei de cidade.
75. Ainda quero fazer o Caminho, só que de bicicleta.
76. Outro caminho a pé que quero fazer é a GR-10, uma trilha que vai pelos Pireneus do Atlântico ao Mediterrâneo.
77. Sou fascinada pelas paisagens dos Pireneus.
78. Também sou fascinada pela Serra da Mantiqueira.
79. Meu ânimo muda (pra melhor) quando chego no alto da Serra. Aliás, quando entro em Minas Gerais. Adoro aquela terra.
80. Quero conhecer a geleira Perito Moreno.
81. Gosto de fazer trilhas a pé.
82. Meus sapatos favoritos são botinas de trekking.
83. Ao mesmo tempo, adoro uma festa chique em que eu precise usar vestido e salto alto.
84. Aprendi a me maquiar há pouco tempo. Ainda erro a mão e fico um tanto branca além da conta. Mas combina com a cor do cabelo.
85. Adoro escrever. Apesar de ficar sempre devendo posts no blog.
86. Acho que sou mais divertida no Twitter do que em textos longos. Gosto de tiradas engraçadas e sucintas.
87. Tenho enorme admiração pela figura de Sir Ernest Shackleton e a história do "Endurance". Parece um pouco comigo.
88. Apesar de fazer quase 20 anos, a saudade do meu pai ainda dói.
90. A saudade da minha mãe, então, nem se fala. Ela era minha melhor amiga e minha conselheira.
91. Sou impaciente pra caramba. Escrever estas linhas está sendo um exercício de paciência dalai-lâmica!
92. Estudo ouvindo música. Ultimamente, tem sido música sérvia. Pra ver se fico inteligente como meu pai.
93. O pior é que ultimamente eu ando entendendo as músicas que ouço...
94. E se eu tomar duas caipirinhas, chego a cantar em sérvio! Sem sotaque!
95. Estou aproveitando o mestrado em Minas para retomar contato com todos os colegas do tempo de colégio
96. Com isso, podres do passado estão vindo à tona. Como, por exemplo, as minhas brigas no colégio!
97. Recentemente, fui lembrada de uma dessas brigas pela diretora do colégio onde estudei!
98. Mas, ao mesmo tempo, ela faz questão de lembrar que eu era ótima aluna.
99. E é justamente essa lembrança que me deixa com medo de fracassar. Não dá pra piorar, não posso piorar.
100. Quando fico muito tempo digitando, minhas mãos doem. Como agora, depois desses #100factsaboutme

sábado, março 12, 2011

Intocáveis? Ah, Barbara...

Acabo de ler este texto de Barbara Gancia, e confesso que fiquei triste. Gosto dela, sempre lia com gosto seus textos, suas histórias do cãozinho Pacheco Pafúncio, entre muitos outros "causos" que ela conta.

Porém, o texto do link me decepcionou. Pelo fato de que ela, talvez por desconhecimento, acredita que as pessoas têm que escolher veementemente um meio de transporte (e que este seja o único que usarão para todo o sempre!). Pelo fato de que ela acredita que quem usa bicicleta quer impor este meio de transporte para todos. E pelo fato de ela achar que as bicicletas deveriam ser banidas do Brasil porque, afinal, não estamos em Amsterdã ou Copenhague.

O que vou contar aqui é a minha experiência como ciclista, puramente pessoal. Eu me alterno, até o momento, entre duas cidades: São José dos Campos (São Paulo, cidade grande, etc), onde ando a pé ou de ônibus; e Itajubá (Minas Gerais, ou "roça", como dizem os maldosos), onde ando a pé ou de bicicleta (ou de taxi, quando estou com malas).

Eis aqui o meio de transporte que uso em Itajubá:

Rosinha, no estacionamento do IEM-UNIFEI (Itajubá, Minas Gerais)
Atualmente a Rosinha está um pouco diferente: ela agora tem lanterna, sinalizador traseiro, além de uma garupeira onde quero apoiar um alforje para carregar meus livros e cadernos. E, sim, sempre que eu ando nela, uso capacete (rosa, combinando com a bicicleta).

Já me aconteceu até de usar vestido tubinho e salto alto para ir a uma reunião, e ir na Rosinha. Sim, pedalo de salto alto, por que não?

Mas este não é o ponto central deste texto. O que eu quero dizer é que sou tremendamente respeitada quando estou em cima da bicicleta. Sou a garota para quem pedem informação na rua. Sou a garota que para a bicicleta na praça para tomar um café e é automaticamente reconhecida pelos funcionários do café em questão (entre eu descer da bicicleta e chegar ao café, meu pedido já está pronto). Sou a pessoa que é ajudada nos cruzamentos, pelos motoristas.

Ou seja, sou a sortuda que mora numa cidade onde as pessoas se respeitam. Claro, existem exceções. Já aconteceu de um moleque ver minha bicicleta estacionada na calçada e derrubá-la, só para se exibir. Já me aconteceu de ser fechada por motocilistas, e até por caminhões (este episódio foi perigoso, eu estava na estrada, indo de Itajubá para outra cidade).

Mas no geral, até pelo uso do capacete e pelo fato de que eu sempre sinalizo o que vou fazer (seja uma curva, seja entrar diante de um carro), eu sempre sou respeitada no trânsito.

Então, digo às pessoas nas grandes cidades (em especial à Barbara Gancia) que o problema não está nos carros, ou nas vias impróprias para bicicletas. O problema está no individualismo que é tão comum nas cidades grandes.

Acho que o problema todo está em pessoas que acham que o mundo gira em torno de si próprias. Nas cidades européias onde a bicicleta é comum (mesmo em Paris, não existem "vias apropriadas para bicicletas", e o Velib é largamente utilizado - pesquise, Barbara!), o que existe é consciência do coletivo.

É isso que em cidades como São Paulo (ou Porto Alegre!), a população precisa aprender a cultivar!

Trem de alta velocidade tira mercado de aviões

Acabo de ler na página da Folha uma matéria muito interessante sobre a inflluência do TAV no mercado de aviação regional (vôos de curta duração). A matéria diz que a Embraer convocou um especialista para uma palestra a respeito do assunto, dirigida a seus funcionários. Também diz que a empresa não se manifestou a respeito da possibilidade de participar do leilão.

Provavelmente, a Embraer não deve entrar no leilão. Pelo menos, é a impressão que passa, de ser extremamente focada no mercado de aviação regional. Porém, desenvolver outras tecnologias, ampliando o leque de atuação da empresa, pode ser algo extremamente saudável.

Agora, opinião pessoal: o TAV não tira mercado da aviação regional. Na verdade, os aeroportos são um verdadeiro gargalo no Brasil, o que significa que o TAV representaria uma alternativa de transporte, ao invés de uma competição.

E o mais atraente no TAV é o fato de que ele atrai um público altamente específico: as pessoas que têm medo de avião. Ou as pessoas que têm muita pressa e não querem pegar filas nos aeroportos.

No meu entender, a "competição" alegada pelo especialista consultado pela Embraer nada mais é do que algo saudável, que estimularia melhorias nos aeroportos nacionais.

É esperar para ver.

Vazio

Estou aqui, me recuperando de várias fossas consecutivas (perda do emprego, começo de namoro com alguém que não prestava, fim do namoro com o imprestável por quem me apaixonei), e pensando sobre o que escrever. Mas não me vem nenhuma idéia.

Vazio? O que tirou de mim as idéias, o conteúdo? Ou será que a sensação de vazio é apenas uma manifestação de tristeza?

Quero começar a trabalhar. Aprender coisas novas. Criar. Me dar conteúdo novo de presente. Voltar a produzir.

Quero trabalhar tanto, que fique impossível pensar no passado. Que eu chegue ao ponto de esquecer um amor que foi embora, graças ao excesso de trabalho.

Quero trabalhar tanto, até que eu esqueça essa sensação de vazio que ficou em mim quando ele foi embora.

É possível?

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

Atendimento pós-venda

Eu acho um absurdo, a quantidade de empresas que dizem que têm por "missão" satisfazer o cliente quando, na verdade, mal sabem lidar com o cliente.

Nesta semana passei por uma situação que é um perfeito indicativo do quanto estou certa.

Em 20/08/2010, comprei um roteador wireless, da D-link. Com 3 anos de garantia. O roteador durou até a semana passada.

Levei o equipamento 3 vezes na loja, uma certa Casa do Notebook, no Shopping Colinas, aqui em São José dos Campos. Lá, me disseram que, como o roteador tem 3 anos de garantia, se eu tivesse a nota fiscal, eles fariam a troca.

Quando cheguei à loja com o roteador e a nota fiscal, me disseram que eles só efetuavam a troca até 10 dias após a compra. Não sei o porquê, mas só lembraram disso quando viram a nota fiscal, ou seja, quando tiveram a confirmação de que eu realmente tinha direito à troca do equipamento.

Detalhe: fizeram uma conexão maluca lá, e disseram que estava tudo funcionando. Mas eu ligo o roteador aqui em casa e ele não funciona. Conclusão? A Casa do Notebook age de má fé com o cliente que tem problemas com os produtos que eles vendem.

Me mandaram ligar para o suporte da D-link. Estou desde ontem tentando falar com eles. Me largam tanto tempo na musiquinha que a bateria do meu telefone sem fio acaba. Já telefonei três vezes para lá, e eles me transferem de um departamento para outro. Sem me explicar como vão trocar meu aparelho.

Sim, porque depois de três telefonemas e 15 tentativas diferentes de "reconfigurar" o aparelho, ele continua sem funcionar. E eu continuo sem ser atendida.

Alguém pode me ajudar, por favor?

terça-feira, fevereiro 01, 2011

Centrais de Atendimento, eu as detesto!

Queria saber o porquê de centrais de atendimento sempre tratarem as pessoas em atendimento como bolinhas de pingue-pongue.

Eu explico. Após a minha cabeça ter rolado ladeira abaixo da minha antiga empresa, "herdei" o convênio médico. Contanto que eu mesma pague, evidentemente.

Pois bem, o tal convênio envia os boletos quando quer. Resultado: recebi o boleto deste mês, e já teria que negociar a data porque estou dependendo de um depósito que ainda não recebi (claro, ainda sigo sem emprego, parece praga!).

Qual não foi minha surpresa quando vi que o pagamento de dezembro ainda estava em aberto...? Claro, fui procurar, e cadê o boleto de dezembro? Não recebi.

Então, a postura óbvia é telefonar para explicar a situação e tentar negociar. O problema é que, a cada número que eu disco, me mandam ligar para outro! Poxa, peraí, eu estou querendo pagar. Se eu não quisesse, nem teria telefonado.

Eu não sei se o pior é isso, ou se é ouvir a frase "estou em atendimento, queira aguardar por favor" seguida de silêncio absoluto.

Meu, o povo precisa aprender a atender decentemente...

quarta-feira, janeiro 19, 2011

Santa Eficiência, BaTIMan!

Eu queria saber o motivo que leva a operadora TIM a ser tão ineficiente. Aliás, eu queria saber se o problema é só com eles, ou se é generalizado.

Calma, eu explico. Devido à minha dureza franciscana (se alguém aí tiver trabalho remunerado para mim, agradeço imensamente!), tive que postergar o pagamento de duas contas de celular. Paguei as duas hoje.

O problema é que, para religar, dizem na operadora que preciso aguardar 72 horas úteis (de acordo com a gravação) ou 4 dias úteis, de acordo com o manézinho que me atendeu.

Detalhe: eu quero cancelar uma das linhas, pois não estou usando as duas. Segundo o rapaz que me atendeu, preciso aguardar 4 dias para poder solicitar o cancelamento. Segundo ele, é por conta do "prazo de compensação bancária".

Peraí: compensação bancária leva, no máximo, dois dias. Minha mãe trabalhou em banco, e sempre me falou que, no tempo dela (ou seja, o tempo dos microfilmes, aquela época em que computador era sonho de menina-moça), a compensação levava dois dias para acontecer. Imagino que esse prazo não tenha aumentado, e sim diminuído.

Então, eu pergunto: pra quê os dois dias extras exigidos pela TIM?

Eu mesma respondo: INEFICIÊNCIA PURA E SIMPLES.

Termino com nova pergunta: é só a TIM, ou o problema é generalizado?

sexta-feira, janeiro 14, 2011

Depressão!

Quando eu fui estudar engenharia (mecânica, ainda por cima!), achei que era uma profissão que dava algum retorno.

Pois bem, trabalhei por 9 anos na mesma empresa. Até que um belo dia o "casamento" acabou e o acordo foi que a empresa entrou com o pé, e eu entrei com a bunda. Isso foi há 9 meses. É, o nove é um número de azar na minha vida, pelo visto!

O que me mata é que eu já mandei vários currículos, e geralmente nem tenho resposta. Isso me deixa indignada, a impressão que dá é que as empresas de RH pensam que "já que está desempregada, que se foda". Dar resposta para alguém que está há tanto tempo sem emprego? Ah, deixa morrer de fome logo de uma vez.

Quanto mais tempo eu fico desempregada, mais eu acho que o RH deveria se chamar RD: Recursos Desumanos. Sim, porque esse tipo de atitude, essa falta de contato, por parte das empresas, é algo que mata qualquer cidadão de angústia.

Outra coisa que me deprime é que, apesar de "faltar engenheiro" no mercado, eu já mandei "trocentos" currículos e a única coisa que apareceu foi fora da minha área e, detalhe: para receber por comissão. E eu ainda teria que mudar de cidade...

Meu caso tem solução, ou eu devo migrar logo pro cemitério de elefantes?