domingo, março 27, 2011

#100factsaboutme

A brincadeira da moda no Twitter é as pessoas falarem 30 ou 100 fatos sobre si mesmas. As hashtags #30factsaboutme (30 fatos sobre mim) e #100factsaboutme (100 fatos sobre mim) tornaram-se extremamente populares no microblog.

Eu mesma já publiquei meus #30factsaboutme. Só que, como já sou uma moça grandinha, cheguei à conclusão de que 30 é pouco. E decidi publicar aqui, no blog, os meus #100factsaboutme. Uma coisa meio "100 fatos sobre Chuck Norris", quase...

1. Eu já quis ser pianista, cantora lírica, estilista de moda, toureira. Mas virei engenheira mecânica.
2. Virei engenheira, mas ainda alimento a vontade de ser médica. Depois que me aposentar da engenharia
3. Quando me aposentar, quero estudar medicina e ficar um ano trabalhando com os Médicos Sem Fronteiras.
4. Canto em coral há 10 anos. Naipe: soprano.
5. Aprendi a ler aos 3 anos e meio. Mesma idade em que comecei a falar.
6. Sempre fui viciada em livros, maçãs e música, desde criancinha.
7. Descobri a música clássica aos 9 anos de idade. Nunca mais abandonei esse vício.
8. Sou carioca, mas só no RG. Se me perguntam de onde sou, sempre digo que sou mineira. Uai.
9. Sou filha de sérvio, mas não falo o idioma do meu pai. Agora, as músicas daquela terra, canto todas.
10. Falo dois idiomas estrangeiros, inglês e francês, fluentemente (acho!). Mas meu espanhol é macarrônico.
11. Em engenharia, a gente tem que aprender programação. Eu nunca consegui aprender.
12. Trabalhei com aviões, mas tenho medo de voar.
13. Nunca tive superstições com sexta-feira 13.
14. Nunca repeti um ano no colégio. Nem na faculdade. Aliás, sempre fui um ano adiantada.
15. Não tive festa de 15 anos. Meu pai morreu quando eu tinha 13, e minha mãe não tinha $ pra me dar uma festa.
16. Mas também, eu não estava nem aí. Aos 16 anos já estava me preparando para o vestibular...
17. Aos 17 anos, comecei o curso de engenharia. Foi quando conheci meu primeiro namorado (sério!).
18. Não tirei carteira de motorista aos 18 anos. Aliás, nunca tirei. Reprovei 4 vezes no exame de rua e desisti depois disso.
19. Passei pelos 5 anos de faculdade sem tomar nenhum porre.
20. Minha frustração era meus colegas de faculdade nunca me chamarem pra jogar truco.
21. Tive minha primeira festa-surpresa de aniversário aos 21 anos.
22. O evento da minha vida: minha formatura, aos 22 anos recém-completados. Tomei um pilequinho no baile.
23. Eu já cheguei atrasada ao trabalho porque não dei conta de acordar depois de uma balada.
24. Eu já vivi efeito-sanfona, mas nunca tomei remédio pra emagrecer.
25. Fiz balé clássico dos 22 aos 25 anos. Sim, eu tinha alongamento para isso. Ainda tenho.
26. Aos 26 anos, fiz a viagem do século com minha mãe e minha irmã: fomos só nós três, farrear em Buenos Aires.
27. Aos 27 anos, perdi minha mãe. Seis meses depois, decidi emagrecer.
28. Aos 28, surtei, me endividei e fui passar 20 dias em Paris. Com mala de rodinha, e andando de metrô.
29. Aos 29 anos, fiz outra viagem maluca, desta vez de mochila. Arrumei um namorado gringo.
30. Eu tive crise dos 30. Quem diz que não teve está mentindo. Ou vai ter crise dos 40.
31. Aos 31 anos, passei pelo segundo evento da minha vida: fui demitida.
32. Comecei a fazer mestrado depois de 10 anos de formada.
33. Já vivi férias românticas em Paris.
34. Já enchi a cara de vinho na França, com um amigo.
35. Sou descendente de irlandeses, espanhóis e sérvios, povos tidos como bons bebedores. Mas sou fraca pra bebida.
36. Sempre odiei matemática, mas fui estudar engenharia. Hoje eu acho matemática muito mágica!
37. Tenho medo de altura.
38. Apesar de independente, e de me virar bem sozinha, não gosto de viver sozinha.
39. Sei trocar lâmpadas e resistência de chuveiro. E sou mestra em arrumar namorados que não sabem fazer essas coisas.
40. Aprendi a cozinhar depois de velha. Quando minha mãe ficou doente pra valer, era eu que cozinhava para ela. Sem sal e sem açúcar. Virei especialista em temperos e molhos.
41. Meu sonho de consumo é bater o recorde do meu pai e aprender 6 idiomas estrangeiros. Meu pai falava cinco.
42. Sempre que posso, vou a São Paulo. Mas se puder evitar o Rio de Janeiro, evito. Não sei o motivo. Mas não gosto de lá.
43. Já namorei um cara 10 anos mais velho que eu. E também um 10 anos mais novo.
44. Tenho alergia a pelo de gatos. Mas sobrevivo bem à convivência com a gata da dona do apartamento onde moro.
45. Sei montar a cavalo. Aprendi sozinha.
46. Até os 7 anos de idade, eu tinha medo de cachorro. Minha mãe me deu uma beagle de presente. Tratamento de choque.
47. Tenho uma certa implicância com números ímpares.
48. No momento, estou tremendamente fanática pela trilogia Millenium, de Stieg Larsson. Tenho uma certa identificação com a Lisbeth Salander.
49. Sou MacManíaca.
50. Odeio gente que se diz "geek" mas não consegue nem configurar o teclado do computador.
51. Tradução do ítem 50: odeio modismos.
52. Sou ruiva frustrada. Não vivo sem Wellaton. Tinta da L'Oréal não pega no meu cabelo.
53. Tenho o cabelo rebelde e ondulado. Mas não, eu não faço chapinha.
54. Meu meio de transporte é uma bicicleta. Ela tem nome: Rosinha.
55. Sou cheinha. Pra gostar de mim, um homem tem que ter como modelo de beleza, sei lá... a Vênus de Botticelli!
56. Não consigo entender como um homem consegue achar uma modelo "gostosa".
57. Não gosto de homens excessivamente musculosos. Se eu sou normal, procuro um homem que também seja.
58. Tenho uma pequena coleção de... perucas. Uso em festas a fantasia ou, eventualmente, apresentações de dança
59. Também tenho uma coleção de trajes de dança do ventre, embora tenha dançado por pouquíssimo tempo. Mas quero voltar a dançar.
60. Outra atividade que parei e quero retomar é a natação.
61. Eu pedalava (mountain bike), mas parei depois que sofri um acidente que me deixou um tempinho inconsciente, sem conseqüências graves.
62. Apesar de ter escapado sem seqüelas do acidente, fiquei traumatizada.
63. Tinjo o cabelo de vermelho, mas queria mesmo acobreado. Tipo Julia Petit.
64. Quero conhecer a Escandinávia, só para ver a aurora boreal.
65. Minha grande companheira de viagem é minha máquina fotográfica.
67. Já escrevi um diário de viagem
68. Nesse diário de viagem, entre outras coisas, guardo pétalas de flores que ganhei de um fã (com quem tenho contato até hoje)
69. Tenho contatos (que conheço pessoalmente, ok?) em quatro continentes.
70. Tenho direito a passaporte sérvio, mas nunca quis tirar um.
71. Quero conhecer o país do meu pai, mas não vou lá por pura muquiranice porque o visto é muito caro.
72. Um sonho de criança que tenho é conhecer a Patagônia e a Terra do Fogo.
73. Um colega de faculdade já cogitou me chamar para fazer o Rally dos Sertões com ele (como navegadora). Recusei.
74. Outro colega queria que eu fizesse o Caminho de Santiago de Compostela com ele. Chegamos a fazer o roteiro, mas eu me formei e mudei de cidade.
75. Ainda quero fazer o Caminho, só que de bicicleta.
76. Outro caminho a pé que quero fazer é a GR-10, uma trilha que vai pelos Pireneus do Atlântico ao Mediterrâneo.
77. Sou fascinada pelas paisagens dos Pireneus.
78. Também sou fascinada pela Serra da Mantiqueira.
79. Meu ânimo muda (pra melhor) quando chego no alto da Serra. Aliás, quando entro em Minas Gerais. Adoro aquela terra.
80. Quero conhecer a geleira Perito Moreno.
81. Gosto de fazer trilhas a pé.
82. Meus sapatos favoritos são botinas de trekking.
83. Ao mesmo tempo, adoro uma festa chique em que eu precise usar vestido e salto alto.
84. Aprendi a me maquiar há pouco tempo. Ainda erro a mão e fico um tanto branca além da conta. Mas combina com a cor do cabelo.
85. Adoro escrever. Apesar de ficar sempre devendo posts no blog.
86. Acho que sou mais divertida no Twitter do que em textos longos. Gosto de tiradas engraçadas e sucintas.
87. Tenho enorme admiração pela figura de Sir Ernest Shackleton e a história do "Endurance". Parece um pouco comigo.
88. Apesar de fazer quase 20 anos, a saudade do meu pai ainda dói.
90. A saudade da minha mãe, então, nem se fala. Ela era minha melhor amiga e minha conselheira.
91. Sou impaciente pra caramba. Escrever estas linhas está sendo um exercício de paciência dalai-lâmica!
92. Estudo ouvindo música. Ultimamente, tem sido música sérvia. Pra ver se fico inteligente como meu pai.
93. O pior é que ultimamente eu ando entendendo as músicas que ouço...
94. E se eu tomar duas caipirinhas, chego a cantar em sérvio! Sem sotaque!
95. Estou aproveitando o mestrado em Minas para retomar contato com todos os colegas do tempo de colégio
96. Com isso, podres do passado estão vindo à tona. Como, por exemplo, as minhas brigas no colégio!
97. Recentemente, fui lembrada de uma dessas brigas pela diretora do colégio onde estudei!
98. Mas, ao mesmo tempo, ela faz questão de lembrar que eu era ótima aluna.
99. E é justamente essa lembrança que me deixa com medo de fracassar. Não dá pra piorar, não posso piorar.
100. Quando fico muito tempo digitando, minhas mãos doem. Como agora, depois desses #100factsaboutme

sábado, março 12, 2011

Intocáveis? Ah, Barbara...

Acabo de ler este texto de Barbara Gancia, e confesso que fiquei triste. Gosto dela, sempre lia com gosto seus textos, suas histórias do cãozinho Pacheco Pafúncio, entre muitos outros "causos" que ela conta.

Porém, o texto do link me decepcionou. Pelo fato de que ela, talvez por desconhecimento, acredita que as pessoas têm que escolher veementemente um meio de transporte (e que este seja o único que usarão para todo o sempre!). Pelo fato de que ela acredita que quem usa bicicleta quer impor este meio de transporte para todos. E pelo fato de ela achar que as bicicletas deveriam ser banidas do Brasil porque, afinal, não estamos em Amsterdã ou Copenhague.

O que vou contar aqui é a minha experiência como ciclista, puramente pessoal. Eu me alterno, até o momento, entre duas cidades: São José dos Campos (São Paulo, cidade grande, etc), onde ando a pé ou de ônibus; e Itajubá (Minas Gerais, ou "roça", como dizem os maldosos), onde ando a pé ou de bicicleta (ou de taxi, quando estou com malas).

Eis aqui o meio de transporte que uso em Itajubá:

Rosinha, no estacionamento do IEM-UNIFEI (Itajubá, Minas Gerais)
Atualmente a Rosinha está um pouco diferente: ela agora tem lanterna, sinalizador traseiro, além de uma garupeira onde quero apoiar um alforje para carregar meus livros e cadernos. E, sim, sempre que eu ando nela, uso capacete (rosa, combinando com a bicicleta).

Já me aconteceu até de usar vestido tubinho e salto alto para ir a uma reunião, e ir na Rosinha. Sim, pedalo de salto alto, por que não?

Mas este não é o ponto central deste texto. O que eu quero dizer é que sou tremendamente respeitada quando estou em cima da bicicleta. Sou a garota para quem pedem informação na rua. Sou a garota que para a bicicleta na praça para tomar um café e é automaticamente reconhecida pelos funcionários do café em questão (entre eu descer da bicicleta e chegar ao café, meu pedido já está pronto). Sou a pessoa que é ajudada nos cruzamentos, pelos motoristas.

Ou seja, sou a sortuda que mora numa cidade onde as pessoas se respeitam. Claro, existem exceções. Já aconteceu de um moleque ver minha bicicleta estacionada na calçada e derrubá-la, só para se exibir. Já me aconteceu de ser fechada por motocilistas, e até por caminhões (este episódio foi perigoso, eu estava na estrada, indo de Itajubá para outra cidade).

Mas no geral, até pelo uso do capacete e pelo fato de que eu sempre sinalizo o que vou fazer (seja uma curva, seja entrar diante de um carro), eu sempre sou respeitada no trânsito.

Então, digo às pessoas nas grandes cidades (em especial à Barbara Gancia) que o problema não está nos carros, ou nas vias impróprias para bicicletas. O problema está no individualismo que é tão comum nas cidades grandes.

Acho que o problema todo está em pessoas que acham que o mundo gira em torno de si próprias. Nas cidades européias onde a bicicleta é comum (mesmo em Paris, não existem "vias apropriadas para bicicletas", e o Velib é largamente utilizado - pesquise, Barbara!), o que existe é consciência do coletivo.

É isso que em cidades como São Paulo (ou Porto Alegre!), a população precisa aprender a cultivar!

Trem de alta velocidade tira mercado de aviões

Acabo de ler na página da Folha uma matéria muito interessante sobre a inflluência do TAV no mercado de aviação regional (vôos de curta duração). A matéria diz que a Embraer convocou um especialista para uma palestra a respeito do assunto, dirigida a seus funcionários. Também diz que a empresa não se manifestou a respeito da possibilidade de participar do leilão.

Provavelmente, a Embraer não deve entrar no leilão. Pelo menos, é a impressão que passa, de ser extremamente focada no mercado de aviação regional. Porém, desenvolver outras tecnologias, ampliando o leque de atuação da empresa, pode ser algo extremamente saudável.

Agora, opinião pessoal: o TAV não tira mercado da aviação regional. Na verdade, os aeroportos são um verdadeiro gargalo no Brasil, o que significa que o TAV representaria uma alternativa de transporte, ao invés de uma competição.

E o mais atraente no TAV é o fato de que ele atrai um público altamente específico: as pessoas que têm medo de avião. Ou as pessoas que têm muita pressa e não querem pegar filas nos aeroportos.

No meu entender, a "competição" alegada pelo especialista consultado pela Embraer nada mais é do que algo saudável, que estimularia melhorias nos aeroportos nacionais.

É esperar para ver.

Vazio

Estou aqui, me recuperando de várias fossas consecutivas (perda do emprego, começo de namoro com alguém que não prestava, fim do namoro com o imprestável por quem me apaixonei), e pensando sobre o que escrever. Mas não me vem nenhuma idéia.

Vazio? O que tirou de mim as idéias, o conteúdo? Ou será que a sensação de vazio é apenas uma manifestação de tristeza?

Quero começar a trabalhar. Aprender coisas novas. Criar. Me dar conteúdo novo de presente. Voltar a produzir.

Quero trabalhar tanto, que fique impossível pensar no passado. Que eu chegue ao ponto de esquecer um amor que foi embora, graças ao excesso de trabalho.

Quero trabalhar tanto, até que eu esqueça essa sensação de vazio que ficou em mim quando ele foi embora.

É possível?