Acho que todo mundo sabe que eu estou com minha mãe doente, internada em outra cidade. Todo mundo sabe, também, que tenho ido ver minha mãe quase todas as noites, depois do trabalho.
Pois bem, de ontem para hoje, fiquei aqui em São José. Perfeito. Só que hoje, eu perdi a hora do ônibus do trabalho.
O que fiz? Chamei um táxi. Perfeito. Se não fosse o fato de que o táxi ficou preso perto da portaria do INPE (ou seja, bem longe da portaria da Embraer) por conta de uma caterva do Sindicato dos Metalúrgicos, que estava parando o trânsito para distribuir um jornal que, sinceramente, ninguém lê.
Pior: fazendo isso na entrada do turno administrativo, onde eles nêm devem ter tantos associados assim.
Pois bem, o táxi ficou lá, parado, o taxímetro correndo, e o que eu fiz? Paguei, desci do táxi e vim a pé.
Perguntem o estado dos meus pés? Eu vou deixar de ir a uma reunião do grupo em que trabalho porque não estou agüentando ficar em pé.
Ainda tem essa, eu tenho que adivinhar quando vai ter "manifestação" da caterva, para decidir vir de tênis, e não de sapato de salto.
Sindicato pra quê mesmo, cara-pálida????
Um comentário:
Cara Milena,
Nos conhecemos através do Allegro e gostaria apenas de deixar esta mensagem de admiração pela forma com que vc vem lidando publicamente com doença da sua mãe.
É uma questão absolutamente pessoal, mas creio que seus corajosos relatos devem te estar pelo menos aliviando a dor.
Normalmente as pessoas preferem simplesmente sumir e sofrer sozinhas.
Fiquei emocionado ao ler seus sucessivos relatos, e torço para que dê tudo certo.
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